23/11/2009

A Bíblia

Vítor Serpa (homem que veste de vermelho e serve de vomita-barbaridades n'A Bola):
«O Benfica tentará consolidar o seu poder de único clube português com dimensão europeia»

Este senhor está desactualizado. Os últimos 30 anos passaram-lhe com certeza ao lado. Deixemos-lhe aqui uns factos para que, caso por milagre nos leia, sobre eles possa meditar, e para que os possa agregar aos seus vastos conhecimentos desportivos e futebolísticos:
- FC Porto - 1 Taça dos Campeões Europeus, 1 Liga dos Campeões Europeus, 1 Taça UEFA, 2 Taças Intercontinentais, 1 Supertaça Europeia.
- FC Porto - Único representante português no G14, que reúne os clubes mais importantes do futebol europeu.
- FC Porto - Recordista, a par do Manchester United FC, de presenças na Liga dos Campeões Europeus.
Some-se a isto os 7-0 em Vigo, as eliminações com equipas de nível médio (Halmstads, Kaiserslautern, Getafe...) e mais uns quantos dados, e temos uma conclusão inevitável:
O senhor está a ser idiota.

Que A Bola é um antro de benfiquistas frustrados e velhacos, é um facto conhecido por todos. E não é o único antro desse género, mas é aquele que funciona de facto como vendedor de ilusões, de elogios despropositados, ridículos e obviamente exagerados.
É a mesma A Bola que tem achado por bem vangloriar as "conquistas" de papel do benfica (repito, para os benfiquistas mais distraídos: este ano ainda não ganharam NADA), com capas que transformam Jorge Jesus em Terminator, o golo de Saviola em Belém numa obra de arte de nível e reconhecimento mundiais, e tantas outras coisas. Mas é também esta A Bola que hoje, dia seguinte à derrota benfiquista no seu próprio estádio e consequente eliminação de uma prova que constituía um dos objectivos do Clube do Mantorras, decide fazer capa com a vitória sportinguista, passando o negativo jogo do benfica para segundo plano. A isto chama-se: falta de vergonha nas ventas.

E não, não me esquecerei do dia em que vi A Bola noticiar a lesão do Luisão com 10 vezes mais destaque do que a vitória, ocorrida horas antes, do FC Porto na Taça Intercontinental de 2004.

22/11/2009

Uma já foi...

Uma já foi ...



Venha Alvalade. Com duas derrotas seguidas, acabou-se a época.
Carrega benfica ...
Tanta coisa, tanta coisa, mas o certo é que são os únicos que já foram eliminados de uma competição e nem sequer em primeiro lugar do campeonato estão, lugar esse de que estarão mais longe depois de visitarem Alvalade.
O Sporting embalar-se-á em breve para uma época que poderá ser de sucesso, tendo em conta a crise que o abalou.
Só falta fazer deste Porto um Porto à Porto. Tem a palavra Jesualdo Ferreira e talvez também a SAD em Janeiro. Mas antes disso, visitaremos o galinheiro por alturas do Natal.

17/11/2009

Algumas reflexões sobre o Sporting e não só

De Roquette a Bettencourt:
... o que não posso - enquanto sportinguista - é acreditar na teia que envolve todas essas verdadeiras parcelas: a noção de que de alguma forma, os que vão dirigindo o Clube nos últimos 15 anos têm um qualquer plano maquiavélico que visa extingui-lo ou reduzi-lo à dimensão de um Clube não-grande.
Prefiro antes acreditar na evidência, e este "prefiro" nada tem de fé mas tudo tem de real crença que, estes vários dirigentes têm algum tipo de "consciência a mais" que outros não têm, e que, servindo-se dela tentam ao mesmo tempo 2 coisas: não desviar o Clube da sua génese ganhadora (génese, remete aos primórdios) mas, fazê-lo por uma via mais próxima do ideal e da perfeição.
E isto hoje em dia é tremendamente difícil. E mais difícil é quando há duas milhões de almas - naturalmente - sedentas de vitórias. Isto remete para aquilo que o GonçaloCF mencionou dos princípios leais: na forma de fazer as coisas e na forma de condução do Clube.
É muito complicado e não é uma equação nada fácil, sendo no entanto uma equação que importa resolver e que entronca no tal problema de Cultura que no Sporting ainda está por resolver.
O prazer e orgulho que sentimos ao exultar aquilo que nos faz diferentes, se calhar, se calhar ... é aquilo que nos impede de ganhar. Quantos Clubes, ou melhor, quantos emblemas de futebol conheces - nos últimos 20 ou 15 anos - que sejam frequentemente vitoriosos e não-gastadores?
Não há muitos. Em Inglaterra quem vence: o professor formador e tão correcto Wenger e o seu tão elogiado Arsenal ou, os outros? Em Espanha, na Alemanha, em França, em Itália, quem vai vencendo? Os que gastam mais. Os que compram os melhores jogadores. Saindo das várias esferas internas, na Europa, quem vence e quem perde? É o Ajax, o agora limitado Bayern, a Juventus, ou são os eternos investidores de sempre dos últimos anos: ingleses e 2 Clubes espanhóis? O problema se calhar não é tanto do jogador Sporting mas sim, do jogo em si, que está nos dias de hoje uma coisa tão feia e tão podre e tão desleal e adulterada que, é muito difícil nele ganhar-se pela via menos fácil de todas. Porque claro está, a via mais fácil de todas nem a todos está acessível.
O Sporting quer ser um Clube correcto (e isto nada tem de ingénuo ou fraqueza ou passividade) ou quer ser um Clube ganhador? Mesmo a nível interno, só.
Acho que o Sporting quer ser as 2 coisas e, talvez se perca entre as 2 e acabe não sendo nem uma nem outra. Acredito que se o Futebol fosse uma modalidade decente e leal, coisa que não é nem dá mostras de tão cedo voltar a ser, seríamos todos mais felizes.
Agora é claro, isto não desculpa as más opções, as más escolhas, os erros evitáveis.

O Sporting tem de resolver o seu problema interno. Problema que não se prende com Treinadores, nunca se prendeu. O problema e a equação maior que temos de solucionar, todos, é responder a uma pergunta muito simples: O que é que o Sporting quer ser no Futebol? Com estas regras, do modo que o Futebol hoje funciona, o que é que queremos nele ser? Bons, ou vencedores? Temos de responder a isto caros sportinguistas ... porque o Sporting quando dominava e tinha hegemonia, dominou e teve essa hegemonia num tempo em que as coisas aconteciam como resultado do trabalho e da qualidade.
Como se algum tipo de recompensa divina houvesse para quem tenta e faz as coisas como deve ser. E isso hoje é muito difícil. E por isso tão frequentemente os mais inteligentes e os mais sensíveis e os que reúnem as reais qualidades, passam por dificuldades. Já os chico-espertos, os mafiosos, os gananciosos, vivem vidas confortáveis. E no Futebol pode-se talvez fazer o mesmo exercício, não o sei com certeza.
Ocorre-me só.

FC Porto - O que deve ser feito em Janeiro

Tem sido diagnosticado um problema ao FCPorto actual. E eu concordo com o diagnóstico.
Falta um patrão ao meio-campo. Ora patrões, mais-valias dessas, jogadores que ao mesmo tempo comandam, decidem e enchem o meio-campo, esses há poucos, e a maior parte já está entregue aos maiores emblemas do mundo. Lucho acrescentava às qualidades que referi a capacidade de surgir com enorme facilidade e sentido posicional na área para finalizar. Tendo em conta que jogadores assim não os há para dar e vender, há no entanto algumas opções que, juntamente com uma alteração do modelo táctico - tendo em conta as circunstâncias actuais - poderão devolver-nos o prazer de ver jogar o FCPorto, e de o ver triunfar em campo, seguro, com classe e competência.

Danny - Há imensos pontos a favor desta opção. É um jogador com uma técnica impressionante. É um verdadeiro nº 10, como será Belluschi no Porto actual, mas este jogador é uma mais-valia quase garantida. Uma vinda por empréstimo seria a ideia, já que o FCPorto não tem argumentos
financeiros para adquirir o passe (ou grande parte dele) de um jogador que há pouco mais de um ano foi a contratação mais cara do futebol europeu, numa transferência do Dínamo Moscovo para o Zenit St. Petersburgo. Com Danny no onze, poder-se-ia pensar na implementação de um 4-4-2 losango, com Fernando a trinco, Belluschi e Meireles como médios-interiores e Danny a nº10, servindo Falcao e Hulk. A ala esquerda do ataque ficaria suficientemente servida
com a rapidez que Álvaro Pereira oferece e a direita suficientemente preenchida com subidas de Fucile e os desvios de Belluschi para a ala quando a equipa ataca.
Isto iria requerer, contudo, que Meireles estivesse em forma. Neste sistema, Rodríguez e Varela ficariam de fora, aptos a entrar, e a equipa poderia ser (re)disposta em 4-3-3, com Danny a recuar para médio-interior, um pouco à imagem do lugar que Deco preenchia no Porto de Mourinho. É ... português.

Pedro Mendes - Um jogador que passou muito tempo esquecido. É competente, sério, pendular. A selecção e sobretudo o Glasgow Rangers que o digam. No Porto de Mourinho aventurou-se por
terrenos mais avançados, mas é, pelas suas capacidades e profissionalismo, um elemento que pode actuar em qualquer posição do terreno consagrado ao meio-campo de uma equipa.
Neste Porto, e tendo em conta a sua tendência recente, actuaria como um dos médios-interiores, ao lado de Meireles, e emprestaria à equipa toda uma eficácia e segurança que
Belluschi jamais emprestará. Seria preciso negociar com o Glasgow Rangers. Mas quem tem dinheiro para gastar, e muito, em Marianos, Guaríns e Tomáses Costas também tem que ter para ir buscar um jogador excelente, útil e ... português.

Hugo Viana - Está a fazer uma época de grande valor e é mais do que sabido que é um jogador talentoso. Passou ao lado de uma grande carreira, e a dada altura terá também sido sobrevalorizado. Seria uma opção secundária para o reforço do meio-campo portista, mas sem dúvida uma a considerar. Aplica-se a ele o que apliquei a Danny como nº 10, mas também o papel que "entreguei" a Danny alternativamente - parceiro de Meireles como médio-interior. Porque o grande problema do triângulo por que é constituído o meio-campo actual do FCPorto é o facto de Belluschi não ser a mais-valia que Lucho era, nem pouco mais ou menos. Seria fácil ir recrutá-lo ao Braga em Janeiro. É ... português.

Rúben Micael - Seria a minha última opção. É mais do que sabido, para quem acompanha o campeonato português, que é dos melhores centrocampistas em acção na 1ª Liga.
É seguro, tem técnica e pode um dia vir a ser um patrão do meio-campo. Ficaria incumbido de funções idênticas às de Pedro Mendes ou Hugo Viana (médio-interior direito). Contudo,
penso que as outras opções são superiores. O objectivo aqui é oferecer ao plantel um homem que traga uma mais-valia em termos de comportamentos e acções no (meio-)campo. Rúben Micael não me oferece essa garantia. No entanto, é mais um: é português.

Com um destes jogadores, o meio-campo teria outro peso.
Algumas destas alternativas serão mais viáveis do que outras, mas urge pensar nesta situação. O FCPorto, nos moldes actuais, sem um patrão no meio-campo vê a equipa esmorecer e produzir 30% do que é capaz. É assim que o Porto tem estado ultimamente: a 30%.

Introduções inadiáveis no meio-campo do FCPorto para 2010:
Para a próxima época, exige-se o regresso de Castro, jovem português de enorme potencial que tem feito campanha excelente no Olhanense, e cuja integração no plantel portista (apesar de tapado por Fernando no 11 pelo menos numa primeira fase) se impõe. Exige-se também a integração definitiva de Sérgio Oliveira, médio de talento impressionante e com enormíssima margem de progressão, e Diogo Viana, vindo de Alvalade incluído no negócio Hélder Postiga. No único jogo, realizado na época passada, em que Jesualdo teve a ousadia
de nele apostar, fez minutos brilhantes, reveladores de uma técnica enorme, e dos seus pés saiu um cruzamento milimétrico para que outro jovem, também ele talentoso - Rabiola - enfiasse a bola nas redes de cabeça. E Diogo Viana vem com o selo da Academia leonina, o que por si só é suficiente para que saibamos estar perante um valor de qualidade.
Ukra é um extremo talentoso, e também ele brilha no Olhanense, mas precisará de mais um ou dois anos de rodagem. Não se pode, isso não, perdê-lo de vista.

Tanta raiva mal dirigida

16 de Novembro de 2009, por GonçaloCF in "Centúria Leonina"

"Começo desde já a declarar alguns conflitos de interesses:
Tenho mais de 50 anos de sócio, sou filho e neto de sportinguistas, pai e avô doutros tantos e o meu nº de sócio é da casa do milénio. Sou pois, para muitos dos que aqui escrevem, um dos perigosos subprodutos de encostados a necessitar da tão apregoada vassourada. Agora para os outros: vivi com entusiasmo o projecto Roquette como redentor de um Sporting que ia perdendo a sua importância e influência, que nos permitiria devolver com métodos leais a preponderância no futebol nacional.
A pouco e pouco fui perdendo a esperança e a fé nesse projecto, pelo somatório de asneiras que tem vindo a fazer na gestão do futebol e na comunicação com os sócios e adeptos, apesar de acreditar na vontade e no sportinguismo de alguns dos seus mentores.
Um deles JEB, em quem votei (e só para a direcção) pois não acredito no desinteresse pessoal e sportinguismo puro das restantes figuras que encabeçam os outros órgãos sociais.
Defendi (e defendo) que as avaliações e balanços se fazem no fim (para treinador e jogadores no fim da época) do mandato, mas concordo que Paulo Bento já não dispunha de campo de manobra e que a solução da sua saída servia melhor um clube tão dividido. No entanto, e apesar da contratação do novo treinador não me ser particularmente entusiasmante fiquei aterrado com alguns comentários terroristas e guerrilheiros que aqui vi escritos. Desde quem lhe faça a mala nos próximos 15 dias, a quem já queira uma coreografia de lenços brancos no próximo jogo em Alvalade (que chamo a atenção é contra o benfica, provavelmente o clube modelo destes senhores...)
Nunca vi junta tanta agressividade virada para dentro e pergunto-me em nome de quê e de quem. Eu até posso compreender que as pessoas estejam fartas de ver Paulos Abreus, Agostinhos Abades ou Dias Ferreiras, sempre agarradinhos ao poleiro sem particular obra ao serviço do Sporting, mas pela mesma razão não vislumbro qualquer mérito leonino em pessoas como Abrantes Mendes, Aguiar de Matos ou Pereiras Cristóvãos, para além de uma enorme ambição em substituir os primeiros.
Foi por isso que, julgando ver na reacção de JEB um prenúncio da sua vontade de abandonar o lugar, apelei aqui para uma terceira via que unisse a um sportinguismo militante e desinteressado a tão necessária credibilidade.
Vejo no entanto e com agrado que JEB está pronto a ir para a luta e gostemos ou não dele, o nosso dever como sportinguistas é ir com ele contra os que lá fora nos caluniam, nos "torpedeiam", os que querem o nosso fim.
E estes senhores que tanta raiva e amargura têm da boca para fora que usem essa mesma raiva contra os nossos adversários: contra os lampiões arrogantes na próxima jornada, contra P. da Costa e os seus sequazes, contra Académicas e Nacionais, contra Lucílios, Pereiras, Brunos Paixões e Olegários, contra os jornalistas do oficial benfiquista chamado "A Bola".
Não procurem como sportinguistas saber o que o Sporting pode fazer por vós. Pensem no que podem fazer isso sim pelo clube: e se tanto criticam que estamos dominados pela mão férrea dos bancos em detrimento dos nossos rivais, mudem de banco (se dizem que é o BES o BCP ou a CGD) escrevam-lhes a dizer porque é que mudam. Não comprem Sagres ou Água do Luso, não dêem dinheiro à Bola ou ao Record, não assinem a Sport TV e expliquem-lhes porquê.
Lembram-se da defunta Parmalat? Custa não é? Mudar de hábitos ...
Mas porventura também custará aos dirigentes comandar uma nau em mar revolto e com a tripulação sempre revoltada.
Vejam a crónica de hoje do Zé Diogo Quintela numa Bola emprestada: estes jogadores que hoje apupam e apoucam foram os mesmos que venceram o Porto campeão por várias vezes, entre as quais, finais de competições. Os mesmos que a perder por 2-0 com o benfica na primeira parte lhes espetaram cinco na segunda. São piores que os outros? Acham que aquele rapazinho Coentrão que ontem se estreou na Selecção é melhor que qualquer Pereirinha com confiança e sem apupos? Antes que destruamos o clube (e isto não tem a ver com números de sócios, tão valioso é o do primeiro mil como o dos noventa mil) vamos reflectir, engolir em seco e apoiar, porque não estamos a ajudar este ou aquele, estamos a ajudar e a sentir o Sporting.
E quem não o sente então mais vale ir embora que não deixa aqui saudades, porque provavelmente tem um cantinho de estimação lá para as bandas e bancadas da luz."

14/11/2009

O benfica de 2009/10 - Da pré-época até Novembro

Digo sem grandes dúvidas que este é o melhor benfica desde 1994. Diria até que é o "único" benfica desde então, dado que todos os outros, sem excepção alguma, se pautaram por uma desorganização completa, e sem a base que constitui uma equipa de futebol forte e competente, veio a lume o carácter miserável dos seus dirigentes, dos seus adeptos, enfim, do benfiquismo em geral.
Mas falando do futebol jogado no campo, e objectivamente:

Desde a pré-época, quando vi jogos do benfica nos gloriosos torneios que invariavelmente ganha, qual colosso mundial, que digo que os vermelhos este ano estão diferentes. Jogam à bola. Há um nexo, há qualidade, há organização, há fio de jogo, há competência. E esta mudança para melhor deve-se por inteiro a Jesus, e à sua equipa técnica. Mal soube(mos) da contratação de Jesus para o malfadado posto de treinador do benfica, disse(mos) que a coisa ia rolar de forma diferente desta vez, pois trata-se de um treinador que não só tem conhecimentos tácticos e futebolísticos muito acima da média - que foi revelando ao longo de passagens meritórias por clubes de menor dimensão desde os anos 90 - como tem também a característica do rigor táctico e rigor de balneário. Nem com Quique isso aconteceu (muito longe disso), nem com Heynckes, nem com Koeman, nem com Fernando Santos, nem com Souness, nem com Artur Jorge, nem com Autuori, nem com Manuel José. Aconteceu, finalmente, com Jorge Jesus. Para quem conhece o futebol, não admira. Quanto ao valor bruto da equipa do benfica, é evidente que não foi só esta época que montaram um plantel fortíssimo. Para os mais desatentos, o benfica do ano passado já possuía um naipe de jogadores, sobretudo do meio-campo para a frente, de topo: Aimar, Reyes, Suazo, Cardozo, Katsouranis, Di María, Rúben Amorim. Para esta época, perdeu alguns deles, mas juntou aos que ficaram mais um grupo de evidentes mais-valias, jogadores efectivamente de grande qualidade: Ramires, Saviola, Javi García. Peixoto e Shaffer são óptimos laterais-esquerdos, também. A aposta em Quim é evidente; a única coisa que não se compreendeu quanto a Quim - provavelmente o melhor guarda-redes português da actualidade - foi o facto de ter sido posto de parte por Quique Flores, que decidiu rodar os guarda-redes como quem troca de camisola. Erro crasso, na minha óptica. Quim foi criticado pelos próprios adeptos galináceos, esquecidos da quantidade enorme de jogos em que os salvou de derrotas ou empates, ao ser o muro eficaz que as defesas, muitas vezes de papel, desconcentradas e incompetentes, não conseguiam ser. Isto em vários anos. Javi García consegue ser superior a Katsouranis. Ramires é um talento enorme, uma pedra basilar no benfica, indispensável, uma mais-valia. Fábio Coentrão foi, e bem, resgatado aos sucessivos empréstimos, agora que está "curado" a nível comportamental. Talento e raça não lhe faltam. Mais uma excelente decisão de Jesus. Jesus, o mesmo que quando chegou ao plantel tratou de dar guia de marcha a um jogador indicado ainda por Flores, Patric (defesa-direito), que após algumas observações recebeu o diagnóstico de "pouca qualidade". Teria sido mais um flop no benfica, presumo. Com Jesus, o benfica consegue extrair todo o potencial de um talento enorme como Di María (completamente fantasmagórico nos dois anos anteriores, em que terá produzido 5% do que pode e deve) e também de Aimar, agora colocado na posição onde de facto rende e debelados que estão, pelo menos na sua maior parte, os problemas físicos com que veio de Espanha e que presumo tenham sido agravados no primeiro ano na luz.
O benfica está motivado. Os adeptos não se apercebem de que isto é obra de Jesus, mas é. Não se apercebem de que sempre (ou quase sempre - de 1996 a 2000 o benfica chegou a ter uma média de valor do plantel ridícula e digna de um clube que luta, no máximo, pela ida à Europa, fruto de gestões ruinosas de incompetentes) tiveram plantéis de excelente qualidade, mas faltou competência de quem comanda. O benfica joga à bola, tem volume ofensivo, não erra. É mais do que competente nas bolas paradas (fruto, uma vez mais, do trabalho de Jesus, que é mestre nesse campo) que tão importantes são no futebol de hoje e que tantos pontos dão, pontos decisivos para a conquista ou não de campeonatos e títulos. E tem aquela característica muito própria dos campeões: o não perder pontos com os pequenos. O ser competente, atento, organizado. No futebol de hoje, infelizmente, interessa muito não perder pontos, interessa muito ganhar nem que seja por 0,5 a 0. E o benfica tem sido capaz disso. Porque ganhar 1-0 no último minuto é muitas vezes o que faz a diferença para empatar 0-0 ou deixar-se empatar 1-1 nos descontos e ficar em 2º ou 3º.

E agora, finalmente, a parte má, para eles:
Junte-se a todos estes pontos positivos o ponto negativo da onda que se criou à volta da qualidade da equipa, que evidentemente não ponho em causa, e temos o inevitável "ninguém pára o benfica". O Braga já parou. O AEK de Atenas parou. Porque o benfica não é imbatível. O benfica não é um colosso. No máximo, é uma equipa que finalmente encontrou um técnico excelente, que conseguiu reunir um naipe de jogadores de enorme categoria, e que está em grande forma. Não vai ser campeão europeu. Não é uma das melhores equipas do mundo. Não é o maior clube do mundo. Desenganem-se. É só mesmo isso: uma equipa que finalmente encontrou um técnico excelente, que conseguiu reunir um naipe de jogadores de enorme categoria, e que está em grande forma. Corre-se, como sempre acontece nestas ocasiões, o risco de que a onda de euforia que se criou venha a contagiar também a arbitragem, como parece de resto já ter acontecido. Porque quando o benfica ganha, agrada-se à maior parcela de portugueses. Porque quando o benfica ganha há menos contestação. Porque ficam todos a ganhar, todos os que interessam. Não tenho a menor dúvida de que, como é previsível, se o benfica chegar à 20ª jornada com hipóteses matemáticas razoáveis de ser campeão, levará sempre que necessário (nem é preciso que seja necessário, será também por "precaução", não vá o diabo tecê-las) um empurrãozinho de arbitragem. Exactamente como aconteceu no ano completamente atípico de 2004/05, em que o Sporting foi afastado do título que merecidamente deveria conquistar num derby em que foi simplesmente roubado, em que o benfica foi levado ao colo em praticamente todos os jogos disputados até ao final a partir mais ou menos da 25ª jornada (entre outras coisas), e em que até o pior FCPorto dos últimos 20 anos, um FCPorto horrível que não conseguia ganhar em casa, na ressaca de Mourinho, esteve até à última jornada a disputar o título com o benfica. De referir, para os desatentos e/ou para os benfiquistas, que nesse ano o número de pontos que o benfica amealhou seriam, num campeonato normal, suficientes apenas para um 3º lugar, e nalguns nem para isso. É pena que tenha acontecido assim, caso contrário o benfica estaria, como devia estar, neste momento há 15 anos sem ganhar um título nacional, aproximando-se dos recordes do Porto e Sporting.

Voltando a 2009, como já tinha dito antes, é com alguma satisfação e entusiasmo que vejo o benfica forte, pois o benfica, sejamos francos, movimenta muita gente, muitos analfabetos, que dão cor aos estádios. A sensação de ir ganhar a uma luz repleta de ávidos bêbados e parolos não tem nada a ver com a sensação de ganhar a um benfica em crise, ensosso, perdido, triste, enfadonho. É muito melhor a primeira. Dá mais gozo.

Só tenho pena de uma coisa, algo que também já disse anteriormente: que quando finalmente temos um adversário forte, verdadeiramente forte, e verdadeiramente competente, o Porto tenha perdido os pesos pesados, as mais-valias, os jogadores especiais que faziam dele uma equipa potente. Teria sido um duelo interessante, mas não vale a pena derramar lágrimas agora por isso. Tudo parece estar conjugado para que seja um ano encarnado, mas desenganem-se aqueles que pensam que o Porto deixou de ser Porto. O Porto é sempre Porto. Falcao, Bruno Alves ou Fucile comprovam-no, e Fernando, Meireles, Rodríguez, Hulk, Rolando, A. Pereira, Belluschi e todos os outros que prestam para alguma coisa comprová-lo-ão também. Tenho fé nisso. E o Sporting, não tivesse tido os problemas e os azares que teve, ainda poderia ter também uma palavra a dizer. E tem, de resto, já no dia 28 de Novembro, quando como de costume der uma lição de classe em Alvalade ao seu rival e der uma ajuda para que os outros candidatos se aproximem do benfica. O Braga pode sonhar. Mas o Porto, esse, tem que ser competente, tem que melhorar, tem que crescer, tem que se agrupar. Está dado o toque a reunir das tropas, pois o adversário, este ano, ameaça-nos com armas que nós aparentemente deixámos de ter.

12/11/2009

Actualização - Os meses de Outubro e Novembro de 2009 nos dois grandes de Portugal

Sobre a demissão de Paulo Bento:
Terá sido vítima de uma massa associativa excessivamente critica e para com ele incompreensiva. Consigo colocar-me na sua pele e imaginar que sentem que Paulo Bento não é um treinador de futebol capaz, devido à sua pouca experiencia e poucos cuidados com a imagem que transparece, mas discordo deles.É um profissional mais do que competente que tratou de o demonstrar todos os dias durante quatro anos de comando da equipa profissional, a que se pode e deve adicionar mais um de técnico dos juniores (a quem levou ao titulo depois de 10 anos de jejum), e a que se juntam todos os anos de brioso profissionalismo e qualidade inegavel enquanto jogador de futebol.
Deixo uma nota para o facto de me ter dado tristeza ver o Paulo Bento sair. Mas tenho a certeza de que, competente, sério, honesto e trabalhador como é, terá uma carreira de êxito, e não demorará muito a "calar" todos aqueles que exigiram a sua demissão como se estivessem a falar de um autêntico animal.
Repito uma vez mais: com Paulo Bento, o Sporting ergueu 4 taças, qualificou-se consecutivamente para a Liga dos Campeões, superiorizou-se continuadamente ao seu vizinho gastador e esteve em praticamente todas as finais das competições internas a eliminar que disputou. Isto falando em números e conquistas concretas, apenas.
E aliás, veja-se o apoio incondicional e total que o plantel demonstrou a Paulo Bento. Os adeptos foram levados pelo facilitismo. O rosto visível do futebol leonino foi Paulo Bento, um personagem interessante e diferente, e que por ser assim, diferente, foi sujeito a maior incompreensão no nosso futebol. Depois aparecia Pedro Barbosa, que, como não é homem que goste de chamar a si protagonismos saloios como o é o seu homólogo da Luz, não escapou à contestação irracional dos adeptos e sócios.


Debruçemo-nos sobre os nomes que foram falados para o cargo de treinador leonino:

André Villas-Boas: Apesar da evidente inexperiência como técnico principal, penso que o risco não é assim tão grande como isso. Senão vejamos: foi discípulo durante todos estes anos de Mourinho; com ele trabalhou, com ele aprendeu, com ele montou as melhores equipas da Europa e/ou conjuntos campeões. Sendo um produto mourinhesco, podemos adivinhar a sua competência, rigor e conhecimento táctico, a que se juntarão outros atributos como a vontade
de mostrar serviço de forma tão imediata e segura como Mourinho fez no início desta década. Os efeitos positivos do seu curto trabalho - curto, aqui, em termos de tempo - na Académica já se fazem notar. E depois, será óptimo para o Sporting, pois trata-se de uma novidade apetecível para os sócios. Os sócios e adeptos não querem Cajudas, Machados, Manueis Josés ou Vingadas, querem um rosto novo, jovem, fresco, e dar-lhes isso é meio caminho andado para que se moderem na contestação àquele que comanda a equipa. Não vou tão longe como afirmar que Villas-Boas é sucesso garantido e/ou imediato, mas estou convicto de que o será de facto.

Podia tecer alguns comentários sobre outros que chegaram a ser aventados, mas têm todos em comum o facto de, apesar de competentes (uns mais do que outros), serem de tal forma indesejados pelos adeptos, devido a "não serem treinadores para um grande", como eles dizem, ou serem "velhos", que se corre seriamente o risco de existir nova onda de contestação fulminante e insustentável a abatar-se sobre o rosto principal da equipa técnica no banco verde e branco.
Nesse lote incluem-se: Manuel Cajuda, Carlos Carvalhal, Nelo Vingada, Manuel José.
Há ainda outros nomes apontados, como Domingos, Jorge Costa ou Manuel Machado. E há um outro que me agradaria ver treinar de novo em Portugal: Co Adriaanse, que chegou também a ser falado.
Depois há o inevitável Scolari a ser falado por adeptos. Há gente que ainda acredita que estamos no Football Manager e que com tempo ou com uns truques se pode contratar os elementos mais bem pagos do mercado do futebol a nível mundial. Por outro lado, há também aqueles que acreditam que Scolari é uma espécie de salvador infalível. Tem currículo, sem dúvida, mas tem muitas outras falhas. Seguramente não seria, por estas duas razões, uma opção viável e aconselhável para o Sporting.

Já a entrada de Sá Pinto para director do futebol... Bom, aplaudo-a. Nada tenho a apontar. O tempo se encarregará de dizer se é tão competente nestas novas funções como o era no campo, qual Coração de Leão.


Sobre o Porto:
Tenho visto, lido e ouvido muita gente a comparar a situação portista desta época à do ano passado, mas a verdade é que no ano passado o Porto começou no fundo e foi subindo, qual máquina estável, rigorosa e ciente das suas capacidades, agindo
como se fosse um epílogo inevitável - embora talvez moroso - o conseguir atingir níveis condizentes com os de um Porto campeão; ora nesta época, não foi bem assim: o Porto começou bem, tranquilizou os adeptos numa primeira fase com vitórias seguras e
um futebol suficiente (que, para quem conhece como estas coisas se costumam passar, significaria que daqui a uns meses deveríamos ter um Porto bastante forte, pois a evolução costuma ser gradual e estável). Produziu estas coisas inicialmente, mas tem vindo a decair,
sem que haja grande explicação. Ou melhor, haver há, mas pouca gente esperaria que houvesse uma quebra a esta altura, uma que acaba por atirar o Porto para o saco das equipas que não jogam nada e que praticam um futebol completamente ensosso e desprovido de alma

Não quero isto para o meu FCPorto. Basta! Não quero um plantel composto por 70% de estrangeiros, muitos deles pagos a peso de ouro e de qualidade duvidosa, completamente descaracterizado e comandado por um treinador manifestamente limitado e pálido. O pouco que Jesualdo tinha para oferecer esgotou-se. Provou definitivamente não ter uma grande reserva de recursos para apresentar junto de nós, exigentes azuis. Basta! Como é que se pode gabar um processo em que se transforma um jogador (Bolatti) que no clube nada rendeu, recorrendo a um argumento imbecil de que o Porto o fez crescer e agora está a render? Mas está a render onde? No Porto? O Porto congratula-se de fazer crescer jogadores nos treinos para depois renderem noutros clubes, ainda por cima a receber ainda o salário do nosso clube? O que se passa aqui?
E porque é que eu tenho de levar com Marianos, Guarins e Tomás Costas? Que raio de contratações são estas? Estes jogadores não valem nada, e nada valendo mais valia (passe a repetição) que se fosse buscar portugueses, baratos, jovens, que também não valem nada.
O problema, a questão que mais irrita nisto tudo, é a quantidade de excelentes valores jovens e portugueses que o Porto já provou ter: Castro, médio da Olhanense, Ukra, também da Olhanense, extremo dotado de uma técnica soberba, Diogo Viana, recrutado nas escolas do Sporting e um jogador repleto de potencial por todos os lados, à espera que nele apostem para que possa explodir, e ainda Sérgio Oliveira, que tão boa conta deu de si no jogo com o Sertanense (será um enorme jogador, se nele apostarem). Porque preferem encher a equipa de argentinos, uruguaios e colombianos de qualidade duvidosa, pagando autênticos balúrdios, sem que nada rendam e perpetuando-se na folha salarial do clube durante sucessivos empréstimos a outros clubes?
Que porcaria é esta? Porque é que o Jesualdo fala em aposta nos jovens, em "crescimento" (palavra de que tanto gosta), se nada disso é verdade? Apostar num jovem é colocá-lo a jogar um jogo na Taça ou Taça da Liga, pô-lo a treinar com a equipa principal e jamais voltar a apostar nele dentro de campo? Os jogadores crescem é no campo e com dificuldades acrescidas, "atirados aos leões". Foi assim que nasceu para os altos voos do futebol a maior parte dos grandes valores que se formaram no Porto ou no Sporting. Porque é que falam em aposta se não há aposta nenhuma? Estou profundamente irritado, agora sim, porque é demasiado tempo a "conviver" com jogadores sem qualidade para o Porto. Irrita-nos, a nós, portistas, ver desperdiçado tanto talento e ver a simultaneamente a contínua aposta em Marianos e Guaríns que de Porto, daquele Porto de classe e ao mesmo tempo de trabalho, nada têm.
E esta descaracterização é um processo que teve início com Jesualdo. Andou de mãos dadas com ele desde que ele pôs os seus pés nas instalações do FCPorto. O que acontece é que agora, volvidos quatro anos, os seus efeitos, por serem maiores, são mais reais, mais profundos, mais visíveis. A influência no actual plantel do FCPorto da política, ou falta dela, de Jesualdo é maior do que aquela que ele exercia nos plantéis anteriores, logicamente.
É completamente incompreensível como se renova com um treinador que pouco acrescentou de positivo à equipa de futebol desde que lá está, que já é há muito. Um homem velho, carrancudo, limitado, avesso à mudança e à inovação. O Porto deu-lhe a hipótese de ser, próximo do ocaso de uma carreira muito longe de ser brilhante e longe de ser sequer boa, campeão. Está dada a hipótese. Agora devia ter terminado o ciclo Jesualdo. O argumento absurdo da estabilidade e do facto de já ter ganho campeonatos não convence ninguém. Pinto da Costa está a perder qualidades. Por razões diferentes, aplica-se a Jesualdo o que se aplicou a Paulo Bento: perdeu a última hipótese de sair bem do clube há uns meses.
Esta não é a primeira vez que o Porto renova sucessivamente o contrato a treinadores manifestamente inferiores a outros que lá permaneceram apenas um ano ou dois. Isto irrita-me profundamente. E Villas-Boas, se se confirmar ser um produto mourinhesco de grande qualidade, já vai para Alvalade. Mas há Domingos, há Jorge Costa. Como se consegue ter uma confiança tal em alguém visivelmente limitado (havendo outros valores evidentemente jovens e cheios de margem de progressão e ideias frescas), suficiente para se lhe renovar o contrato por mais 2 anos que se juntam a 3 já passados? Meia década de Jesualdo? É demais.
Já chega de desbaratar. Há erros que estão cometidos e já não se pode voltar atrás. Perdemos mais de uma dezena de óptimos valores devido à "gestão" ruinosa do plantel nos últimos anos; evitemos perdê-los no futuro próximo, a começar imediatamente.
Se Prediger é bom e custou tanto dinheiro, por que raio de razão não jogou um minuto ainda? Estão a brincar connosco? Vão fazer como ao Bolatti? Ou ao Ibson? Ou ao Kazmierczak, Stepanov, Ibson, Bruno Gama, Paulo Machado, Bruno Moraes, Leandro, Vieirinha, etc? Para quê? Para meter lá cada vez mais Guaríns, Marianos e Tomáses?

Jesualdo fez coisas positivas no Porto. Não coloco isso em causa, numa análise justa. Mas a grande perda, a quebra da chama, a alegria inexistente no jogo, a descaracterização completa da equipa, isso não lhe perdoo. Não será unicamente culpa dele, mas uma grande parte das acções que levaram a estes efeitos partiu certamente dele, como responsável máximo do futebol profissional do clube como ele é. Vejo-me num dilema difícil:
Impõe-se a saída de Jesualdo pelo menos no fim da época, mas para isso acontecer o Porto não poderá ser campeão, a época não poderá ser considerada um sucesso, bem longe disso; ou seja, para que ele saia, teremos de fazer uma época péssima. Se formos campeões, ou se de outro modo a época for considerada um êxito, ele manter-se-á.

Gostava de em breve fazer um desenho de uma série de mudanças que julgo serem importantes e decisivas para o futuro próximo do futebol do Porto, e gostava também de me debruçar sobre a campanha benfiquista desta época, que não me surpreende em nenhum ponto. Fica para breve. Escreverei também sobre Bettencourt e Jesus.